terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um pouco sobre o CORDEL

A história do cordel, como ele chegou ao nordeste e se tornou parte da cultura popular.













O cordel chegou aqui na época do Descobrimento com os navegadores. Foi trazido de Portugal, onde era vendido como "folhas soltas". Dentre tantos que vieram ao Brasil, com a missão de colonizar, como pintores, alfaiates, mestre de obras, marceneiros, religiosos, etc, vieram também os poetas, trovadores, que tinham a incumbência de alegrar/divertir os nobres, mas o povo logo toma para si essa manifestação.




Salvador era a porta de entrada - a primeira capital - e Recife um dos principais centros, pois abrigava a Capitania poderosa. A partir daí a poesia popular ganha o interior do Nordeste, chega à Paraíba, mais precisamente à Serra do Teixeira e Pombal, que se transformam em cenários para o surgimento da cantoria de viola. O nordestino com sua criatividade ímpar fez uma releitura da poesia lida e cantada pela nobreza e inventou o repente. Surge o violeiro, que animava as festas populares e realizava desafios, pelejas nas noitadas, domingos e feriados.


Acredita-se que Leandro Gomes de Barros, nascido em Pombal, ao perceber o interesse do povo pela poesia cantada, teve a iniciativa de imprimir as histórias e vendê-las nas feiras. Deu certo, o folheto virou meio de comunicação do interior do Nordeste, uma vez que, na época, não havia rádio, nem jornal, com excessão das capitais. O que acontecia nas redondezas era noticiado em cordel. A população adquiriu o hábito de comprar um cordel toda semana. Ao fazer a feira de legumes, carne, frutas, etc, comprava também um título de cordel, que era lido em reunião familiar. Com isso, muitos aprenderam a ler. O folheto era um estímulo importante para que analfabetos perdessem essa patente. Pelo fato de semanalmente o povo comprar um folheto, verificamos ainda hoje, parentes de colecionadores com baús cheios de folhetos antigos.








Culturas e costumes que fazem parte do cordel

O que caracteriza a poesia popular são: OS ELEMENTOS DO CORDEL:
A estrofe - O verso - A rima - A quadra - A sextilha - A setilha - A glosa - O verso branco - A deixa - O mote - A capa em xilogravura, com fotografia ou clichê - O título - O número de páginas em múltiplos de 4 (8, 16, 32, 64) - O autor(Cordelista) - A história - O romance - O folheto - O grampo - O grampeador - A tipografia - A gráfica - A viola - A data - O local da escrita - A feira - O cordão - A banca - A bancada - O recital - O canto - A declamação - O poeta - O papel jornal - O preço baixo - O Nordeste...


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